sábado, 14 de novembro de 2009

Uma Proposta de Reforma Social pela Neurociência aplicada às Artes


Em meios de abordagens de pacificação e o constante aumento da violência urbana, eis relatos da própria neurociência quanto à comprovação da influência ambiental no desenvolvimento psicossocial do indivíduo. Muito mais do que suas qualidades inatas e condições financeiras, estudos como os de Bukowski et al.* demonstram que a continuidade direta ou indireta de entraves ambientais estão mais fortemente ligadas ao desenvolvimento do processo cognitivo do indivíduo do que suas características intrínsecas.

Muito mais do que abrir as portas dos teatros uma vez ao mês à preço popular, é oferecer a oportunidade de uma real vivência em meio artístico e psiqué, aonde a própria expressão do indivíduo seja uma experiência de fato transformadora à nível psicossocial. Muito mais do que combater a criminalidade e aprovar projetos de incentivo à cultura, é promover uma reforma à nível da vivência e experimentação, do micro e do macro, do movimento individual em prol de uma integração global.

Hoje vemos que simples palavras como as do profeta, "Gentileza gera Gentileza", podem sim promover uma grande reforma social. Eis aqui a minha proposta cultural através da experimentação de um pulsar próprio, do movimento autêntico, em prol do prazer e da expressão inata presente em cada indivíduo.

"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920).

*(Bukowski WM, Sippola LK. Diversity and the social mind: goals, constructs, culture and development. Dev Phsycol. 1998; 34(4): 742-6). Ilustração: Halpern e Figueiras, 2004.

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